Quando éramos meninos e andávamos na "escola-paga" (não havia creches), existia sempre um grupinho que ia meter no rabo da professora, qualquer traquinice que fizéssemos na ausência da Mestra.
Eram mesmo designados para "apontarem" no quadro preto, os nomes daqueles que abriam o "pio", nem que fosse para enxotar uma mosca.
Para estes nós tínhamos um nome: "Cagaiteiros".
Também na sociedade portuguesa, em tempos idos, havia uma classe de mulheres que eram solicitadas para um trabalho muito específico.
Quando se verificava alguma tragédia e daí resultavam mortos, contratava-se um grupo de "velhas", já idosas, que davam coro à lamuria que enquadrava o velório.
A estas era chamado: "Carpideiras".
Pois os políticos de agora imitam essas figuras desaparecidas.
Qualquer frase ou simples palavra proferida por um responsável opositor é, desde logo, interpretada do modo mais conveniente a certos profissionais da imprensa que, imediatamente, "cagaitam" nos "media" que representam, para ser aproveitada por um grupo de políticos que, como carpideiras agoirentas, alarmam o "ingénuo" povo português.
Até quando teremos nós de aguentar uns e outros?
Orlando Lima
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