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sábado, 12 de maio de 2012

CRISE?... QUAL CRISE?


Afinal os portugueses podem ser pessoas felizes.
A crise não pode, nem deverá ser a causa das nossas amarguras, nem provocar o “stress” que nos leve ao desespero.
O português tem antídotos para combater essa epidemia moderna, basta deixar de acompanhar, nos clássicos ”media” (TV, rádio e imprensa especializada), o dia-a-dia dos políticos clonados e voltar-se para realidades positivas que façam volatilizar o seu pensamento para factos da imprensa chamada “cor-de-rosa”.
Ora peguem lá numa dessas revistas que trazem na capa a Rita Pereira, ainda a chorar a morte do Angélico, apesar de, depois da tragédia, já ter “namorado” (no meu tempo chamava-se outra coisa), um empresário, um modelo, um músico e um futebolista.
E pense:
Para que vou eu perder tempo a ouvir o Mário Soares a aconselhar que o PS mande a “troika” às favas, se tenho à disposição os diálogos dos “Homens da Luta” ou o (des)cansado Hermano José?
Porque é que o Passos Coelho e o Tó Zé Seguro não hão-de ser amigos. Podem até não “casar” (politicamente, claro), mas viver em paz como o Zé e a Cátia Aveiro (cunhado e irmã do Ronaldo), que se separaram, mas continuam a manter a vida de luxo, na mesma casa, às custas do ídolo da bola.
Por isso não é melhor deixar os políticos governarem-se à vontade e deixarem o Zé Povinho só, que ele sabe aguentar-se?
Que diferença faz que me cortem o subsídio de férias e o 13º mês, se tenho a consolação de ler nas revistas do “jet 7”, quanto recebe a Catarina Furtado ou o Malato, da TV falida, ou quanto vai receber o Futre (30.000 euros), só para comentar o Europeu na RTP. Basta eu pensar o que faria com a “massa” deles, para me sentir feliz…
Por que razão hão-de os portugueses se preocupar com os problemas do Ministro das Finanças Vítor Gaspar, que nos entra diariamente nos bolsos, quando sabemos que os adeptos do futebol, que se agridem sempre que se confrontam os seus clubes, mas que nunca têm preocupações com as finanças do Porto, do Benfica ou do Sporting. Para isso basta ter à frente destes clubes, homens de grande cabeça (e dinheiro), como o “papista” Pinto da Costa, o “borracheiro” Filipe Vieira, ou o “armador” Godinho Lopes.
Há fome no país? Então não existe tanta comida no “Pingo Doce” e no “Continente”? Que se saiba ainda não chegou o racionamento da II Guerra Mundial.
E os nossos beneméritos Soares dos Santos e Belmiro, não são homens para atenuar a fome a quem precisar?
Ora não sejamos pessimistas, O remédio talvez seja a tal “mezinha” caseira: Um fado, um bom copo de vinho, um desafio de futebol e uma “missazinha", de vez enquando, para nos aliviarem os maus pensamentos.
Ambrózio Antunes

1 comentário:

  1. Aí esta uma peça carregada de ironia e realismo, bonito. Já que não nos resta mais nada fiquemos com a "palavra", enquanto não pagar imposto.....
    Parabéns.

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