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quarta-feira, 4 de julho de 2012

NÃO … NÃO REGRESSE SENHOR ENGENHEIRO MACÁRIO…


por: Luís Costa Silva
Não, porque não seja rigoroso para com os funcionários aos quais exige, e muito bem, que prestem os serviços que lhe são pagos pelo erário público, não pelo seu empenho, e disponibilidade pessoal para o trabalho, o qual começa por impor a si próprio, não pelo seu dinamismo executório, muitas das vezes assente em meras opiniões e duvidosas estratégias pessoais, não pela sua experiência politica, nem pela sua, por si tão propalada honestidade pessoal, até hoje muito falada, mas nunca por ninguém posta objectivamente em causa, mas sim pelos seus truques e tiques de pequeno ditador, do quero, posso e mando, incapaz de se rodear de equipas que possam pôr minimamente em causa, mesmo que seja a bem do interesse público, as suas visões, opiniões e projectos.
Mais tarde ou mais cedo o seu perfil de eucalipto, secando tudo à sua volta, teria de conduzir ao que conduziu.
Por muito eficaz que a sua intervenção possa ser, ela não está nem pode estar acima da lei, essa vertigem do poder tem limites que não podem ser obliterados qualquer que seja a circunstancia.
Vejamos a situação. Estamos perante um processo que teve origem em 2006, após uma inspecção efectuada à autarquia Tavirense, que detectou várias situações de irregularidades no licenciamento urbano em confronto e contra as regras dos dois principais instrumentos de ordenamento do território o PROTAL (Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve) e o PDM (Plano Director Municipal) de Tavira.
O Senhor Engenheiro Macário Correia, ex Secretário de Estado do Ambiente, com públicas atitudes de fundamentalismo ambientalista (com eventuais raízes nas suas longínquas origens politico partidárias), em que chegou mesmo a afirmar publicamente que “preferia lamber um cinzeiro, a beijar uma mulher que fumasse”, não conhece ou reconhece os mais importantes instrumentos de ordenamento do território? Não acreditamos, nem queremos acreditar, pelo que só nos resta a hipótese de ter sido com conhecimento de causa e ostensivo, face à assunção de que em Portugal não existem quaisquer mecanismos de fiscalização e controle eficazes, do poder autárquico.
Esteve-se nas tintas para a lei, ou seja para os referidos instrumentos de ordenamento, por alguma circunstância pública relevante, como seja um equipamento ou infra-estrutura urbana necessária aos cidadãos, uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social) com problemas e em dificuldades, ou outra organização pública ou privada relevante para a população? Não. Pelo que se sabe até agora, e pelas suas declarações quando interpelado sobre a situação, tratou-se de pequenas alterações num “resort”, e em moradias de alguns privados.
Então o Senhor Engenheiro, com o referido passado na área do ambiente, e a experiência autárquica que todos lhe reconhecem, cai numa armadilha destas? Incrível, não queremos também acreditar.
Quem foram os beneficiários destas “pequenas” alterações? Seria esclarecedor saber quem são as pessoas em questão e prometemos dar pública notícia dos seu nomes e descrição das respectivas pequenas infraestruturas, isto logo que consigamos recolher essa informação. 
Pelo que nos chega através das televisões parece que os proprietários em causa, não querem que as suas casas, com certeza muito modestas e pequenas, objecto das irrelevantes alterações ilegais, sejam filmadas. Porque será?
Parece ainda que a justificação para a autorização das piscinas também irregularmente autorizadas, segundo o próprio Engenheiro Macário Correia,  em entrevista à RTP1, seria a de criar reservatórios de água para o combate aos fogos florestais. Não queremos acreditar que o canal da televisão pública dê cobertura a este tipo de desculpas saloias, que fazem de todos nós cidadãos comuns, pela boca deste lídimo representante da classe politica Nacional, já condenado mas com a condenação ainda não transitada em julgado, dizia, fazem de todos nós um conjunto de tolos e atrasados mentais. 
Será que qualquer razão por muito legitima, bem intencionada e boa que seja autoriza alguém a não cumprir a lei, e um autarca vir à televisão dizer que desconhecia a lei quando decide sobre matérias urbanísticas? O que pensar? O descaramento não tem limites..........    
Oh, Senhor Engenheiro, como é possível fazerem-lhe uma coisa destas? E o senhor tratar os seus concidadãos como mentecaptos na televisão e em directo? Será por ter ido às compras com gente menos recomendável? Isto para não acreditar que tenha tirado qualquer partido ou proveito de toda esta situação.
Então os factos ocorrem em 2006 na nossa terra, e só gora vêm a lume? As duas instâncias por si referidas, e que o terão ilibado, são instâncias das quais se pode recorrer e que por uma qualquer razão têm a sua sede e jurisdição ao nível local e regional. A actual decisão e condenação é do Supremo Tribunal Administrativo, a mais alta instância judicial da Administração Pública, com uma hierarquia e precedência totalmente distinta, e superior a qualquer outra das por si citadas.
Mas não se preocupe Senhor Engenheiro, porque de recurso em recurso, de aclaramento em aclaramento, acabará certamente, sem qualquer exoneração, ou perda do seu mandato, e com algum jeito e sem grande esforço, "neste país de bananas governado por um grande bando de sacanas", ainda se poderá candidatar mais outra vez à Câmara de Faro, restando-lhe de tudo isto, cantando e rindo, a lição de ter aprendido alguma coisa, que não sabia, sobre as regras para a aplicação do PROTAL e dos PDM's.
Esperamos que sim, mas não regresse… este seu/nosso chão já lhe deu uvas, não regresse… fique por lá.         
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5 comentários:

  1. Caros senhores, o anomimato nunca fez parte do meu percurso profissional e político, nunca escondi-me atrás de pseudónimos ou de perfis alternativos, SEMPRE DEI A CARA E A MINHA ASSINATURA...
    Por isso, por reconhecer que muitas das vossas posições são justas e marcantes, desafio-vos a dar a cara e a assinar as vossas tomadas de posição para que as mesmas sejam analisadas com seriedade e respeito, ponderadas por quem de direito e tomadas em consideração pelos políticos da nossa terra. Tavira merece a vossa dedicação e apenas poderá respeitar-vos quando adotem tal postura.
    A Democracia acabou com o regime de medo e perseguição que vigorava até 1974, permitindo que princípios e valores maiores preponderassem na nossa sociedade e que Tod@s tivessem liberdade de expressão.
    Muitos disseram-me que a LIBERDADE tinha sido solta no dia 11 de Outubro de 2009. A vossa atitude surpreende-me pela negativa...
    Esta é a vossa oportunidade de surpreender-me, LIBERTEM-SE DO PASSADO e sejam tavirenses de pleno dirento, manifestem-se com os vossos nomes e identidades e poupem-me alguns adjetivos que teimam em emergir...
    Cordialmente, JG.

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  2. Caro leitor, após alguma reflexão de se valeria a pena respondermos ao seu comentário, a decisão está aí, a resposta.
    Pena é que a sua aversão ao anonimato não comece, por um mínimo de coerência na sua própria casa, já que não conhecemos, nem seria suposto conhecermos, nenhum JG, que tanto pode ser José Gonçalves, como Jorge Guerra, sabemos lá….. mas fique descansado que também não estamos preocupados, nem interessados em saber quem o nosso leitor é. Vamos ao assunto.
    Da introdução ao seu comentário deduzimos que para além de um percurso profissional, também tem ou teve um percurso politico, o que dentro da sua linha de actuação “SEMPRE DEI A CARA E A MINHA ASSINATURA”, nos suscita uma questão que temos a certeza nos esclarecerá, já que o seu anonimato não nos permite recolher essa informação sem o incomodar. Pelo referido já se pode avaliar que a coerência, a frontalidade e coragem é de facto muito bonita, mas só para os outros
    Da sua carreira quantos anos teve de actividade profissional, e quantos teve do exercício de actividade politica? É só para esclarecer.
    Importa também esclarecer que nenhum dos membros da redacção do “PENSAR TAVIRA”, tem, teve ou quer vir a ter, qualquer actividade politica, para além daquela que naturalmente resulta de existirmos, sermos cidadãos e como tal sermos por esse facto entes intrinsecamente políticos.
    Interessante a sua opinião sobre democracia e anonimato, a qual respeitamos, mas da qual frontalmente discordamos, como discordamos dos votos braço no ar, contra o voto secreto, infelizmente em utilização nalguns partidos “democráticos” da nossa praça. Partidos esses que são belos exemplos de democracia, com os quais esperamos que não concorde.
    O que neste caso está em causa não são as pessoas, nem processos da sua promoção ou despromoção, quaisquer que sejam os cidadãos em causa, do partido A, B ou C, são os valores, os interesses e o desenvolvimento da nossa terra em primeira linha, do nosso país em segunda linha, e do que pudermos fazer para alertar e passar informação tão despida de subjectivismo quanto possível, para o qual a nossa identidade pudesse contribuir, subjectivismo esse natural e sempre presente quer seja de carácter meramente opinativo ou politico expresso em cada opinião pessoal.
    Julgamos que bateu á porta errada com as insinuações, na nossa opinião (a qual vale o que vale) assente em juízos de muito mau gosto, para não dizer ofensivos e até ameaçadores, que só ficam mal a quem os pronuncia e não a quem os recebe, razão pela qual lhe sugerimos que se identifique (seguindo a sua tão cara e elevada filosofia de vida), em próximo comentário que gostaríamos de poder agradecer, já que a presente resposta irá ser colocada “online” para que sejam todos os nossos leitores a avaliar a sua frontalidade, verticalidade e interesse na defesa da nossa terra.
    Quem sabe se a sua carreira politica não vai sofrer algum novo impulso político com este seu perfil de seriedade, podendo até mesmo, o nosso caro leitor, aspirar a voos mais altos? As Autárquicas estão à porta.
    Nós não aspiramos a nenhuns voos, nem políticos, nem sociais, nem económicos, Senhor JG, somos cidadãos comuns com opiniões, com as quais não queremos ofender ninguém, mas que queremos tornar públicas sem a carga de “voyeurismo” que à partida, se seguíssemos a sua legitima opinião e sugestão, as poderiam contaminar.
    Como já fizemos em anteriores colocações aí vai o nosso email para qualquer duvida, reclamação, ou opinião que queira ver publicada no “nosso” blogue.

    pensartavira@gmail.com

    (Continua como resposta, no outro comentário que fez ao nosso blogue)

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  3. (Continuação)
    Estamos abertos a todos os que venham por bem, com os artigos e participações que não se tornem ofensivas para ninguém, e promovam a informação despida de quaisquer interesses pessoais ou institucionais, em defesa da nossa terra e dos tavirenses.
    Já agora, como despedida, gostaríamos te ter a sua opinião sobre esse movimento internacional denominado “Anónimos”, porque será? Uma cambada de cobardolas com certeza, não? Só uma mentalidade bafienta com origens no antes do 25 de Abril, não releva as pessoas, relevando os interesses instalados, em detrimento da cidadania.
    Agradecemos a sua atenção, esperamos que se identifique, em comentário no “nosso” blogue, não perante nós, pois não temos o mínimo interesse em saber quem é, mas para os nossos leitores poderem avaliar a sua coragem e frontalidade, e quem sabe poder o caro leitor retirar daí alguns dividendos ou mais valias para a sua carreira politica.

    Muito obrigado,


    A Redacção

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  4. Caríssimos,
    Sem incomodar-me de forma alguma, a "Redacção" do blogue certamente terá acesso ao meu perfil e identificação no "blogger.com", basta clicar nas iniciais referidas.
    Quanto à análise elaborada e extensa que fazem do meu simples desafio, lendo nele intenções ou insinuações que rejeito, pois não procuro mais de que valorizar a vossa intervenção e saber a quem esclarecer perante algumas dúvidas ou imprecisões que possa surgir nos textos publicados.
    Por outro lado, não posso deixar de sublinhar uma simples curiosidade. Revela-se para mim paradoxal, mas pode ser apenas a minha opinião e tal constituir um defeito profissional, que num blogue formado com contributos "anónimos" assinados por pseudódimos não seja possível a qualquer simples cidadão efetuar comentários, registar dúvidas ou procurar esclarecimentos sem que se identifique completamente. Enfim, até pode parecer-vos correto, mas não deixa de ser um paradoxo... na minha opinião!
    Certo da vossa compreensão, apresento os melhores cumprimentos!

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  5. Caro leitor,

    Continuamos a responder aos seus comentários, com a única e exclusiva justificação de que os referidos comentários e as nossas respostas, como pode constatar, são integralmente transcritos e reproduzidos no nosso blogue, e como tal todos os nossos leitores têm direito a ter acesso aos seus pertinentes argumentos, embora falhos de qualquer sustentação, se bem que revestidos de truculentos argumentos, ao melhor nível dos tão queridos políticos da nossa praça.
    Como lhe respondemos, ao seu primeiro comentário, a redacção do nosso blogue não tem qualquer interesse em saber a sua identidade ou de qualquer outro leitor nosso, assim como a identidade de quem quiser colaborar com o nosso blogue, e esperamos que sejam muitos leitores, utilizando nomes ou pseudónimos como lhes der mais jeito ou na respectiva real gana. Essa é a nossa interpretação da liberdade e da cidadania, que não a sua.
    Julgamos que o nosso leitor nos entendeu mal, o que se passou, se bem se recorda, foi que no seu primeiro comentário, começou por, em tom que nos pareceu de certa forma provocatório, fazer a apologia da sua corajosa frontalidade, ética e atitude pessoal, de assinar tudo o que escreve, em contraponto com a redacção do nosso blogue que se esconde atrás do anonimato.
    Acontece que o nosso prezado leitor, começou mal, porque assinou esse mesmo comentário com um JG, o que como nós saibamos, e supomos que os nossos leitores também, não identifica ninguém. Sabe por acaso qual é o grau de iliteracia informática existente no país, e também infelizmente na nossa terra? A PORDATA pode dar-lhe uma ideia.
    Diz-nos para irmos ao “blogger.com” através do link, não vamos, porque não estamos interessados em saber quem o nosso leitor é, os nossos leitores interessados, e com conhecimento técnico para o efeito, que vão se quiserem e assim o entenderem. Em nome deles os nossos agradecimentos, pela sua coragem e frontalidade, embora não lhe reconheçamos, pelo que escreve e da forma como o faz, qualquer respaldo ético ou moral para nos criticar.
    Se reler a nossa resposta ao seu primeiro comentário, nós colocávamos-lhe uma questão sobre a duração da sua actividade profissional e da sua actividade politica, na sua com certeza já longa carreira, não respondeu. Não tem problema, porque agora até lhe agradecemos que não responda, pois já respondeu, com o conteúdo dos seus comentários onde demonstra à exaustão a sua “escola” de profissional da política.
    Nós não somos profissionais da politica, nem queremos ser, e como tal, por todo o respeito que nos merecem todos os nossos leitores, o que naturalmente também o incluí a si, vamos encerrar este tema que já vai longo e em nada contribui, na nossa óptica para reflectir sobre a nossa terra.
    Terminamos pois agradecendo os seus contributos e de todos os outros nossos leitores, sob que forma, ou denominação entenderem participar.

    A Redacção

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