QUEM NÃO LAVA A CARA, DE CERTEZA NÃO
TOMA BANHO…
Texto
de: J. Diamantino
Tavira
está a tornar-se uma cidade envelhecida,
pelo desprezo com que a conservam.
É
primário compreender que o centro de uma terra deve primar pela beleza, higiene
e conservação de imóveis e móveis. Portanto quando se observa, no coração de
qualquer urbe, o desleixo a que pode chegar toda a envolvente do Rocio, é evidente que logo se pensa ter
presente o espelho de toda a terra.
Pois
o centro da cidade de Tavira é isso mesmo.
Os
tavirenses sabem bem que nos quatro últimos anos a sua cidade tem regredido de
forma impressionante. Quem anda pelo centro da cidade ou gosta da sua terra
confronta-se com:
Calçadas sujas e esburacadas, ao ponto de um
funcionário da Tavira Verde ter dito que nunca viu as ruas e passeios
com tantos buracos;
Um jardim sem beleza, vítima da grande insensibilidade para os arranjos de plantas e
flores, mal cuidado, “decorado” com palmeiras mortas;
O piso “medieval”
da rua José Pires Padinha;
A anarquia nas esplanadas desta rua que reduzem a
passagem dos peões pelo passeio e que já quase tapam o acesso à Rua D. Brites;
O abuso dos estabelecimentos do “bairro chinês”,
na parte sul desta mesma rua, que ocupa os espaços fronteiros com caixas de
papelão e outro lixo;
A Iluminação lamentável, em toda a baixa da cidade,
incluindo o próprio jardim, com bancos partidos e por pintar,
Ponte Romana sem iluminação digna, onde se acumulam
“pedintes” romenos em abundância;
O que dizer da “miserável”
Ponte das Forças Armadas, que todos aguardam que vá na próxima enxurrada do
Gilão!
E se fizermos uma ronda pela cidade apetece-nos
perguntar:
O que feito do Porto de Mar? É só culpa do Governo ou
também incompetência local?
E a remodelação das Quatro Águas? E a obra no
cine-teatro, que deveria ter começado “ontem”...
E muitas outras coisas que nunca mais acabavam...
Claro que os forasteiros vêm tudo isto, mas não sentem
o problema como nós tavirenses o vivemos. Para eles basta a praia que lhe
oferecemos e esses espectáculos banais na Praça da República, programados e mal
escolhidos por alguém, que não sendo tavirense, há muito vem demonstrando a sua
incompetência e desconhecimento do meio cultural, onde há muito se implantou
como “rei”.
Festinhas
estas onde nunca se vê o vereador da cultura. Será que existe esta figura em
Tavira?
Pois,
tavirenses, é esta realidade que nos prometem para os próximos quatro anos...
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