Por Lopes Sabino
Agora
que vai começar a ferver a luta eleitoral por um novo mandato autárquico, seria
bom começarmos por olhar para o que fora feito em 12 anos anteriores e o muito
pouco que apareceu nestes últimos quatro anos.
Assim
que começou o mandato, os tavirenses verificaram que o rodopio de funcionários
deambulando por toda a cidade em busca do café da manhã ou do intervalo da meia
tarde era incessante.
Os
autarcas a tempo inteiro também fizeram um estilo de entrada mais tardia no
edifício municipal.
Mas quem tem
alguma coisa com isso? – perguntar-se-há…É preciso é que apareça obra feita. O horário é o menos…
Estaríamos
de acordo, se de facto aparecesse obra feita. Mas a verdade é que ela não
apareceu.
Onde
está o Porto de pesca? Onde está o arranjo da marginal com todo aquele lixo que
vai desde a lota até à Ponte de Dom Manuel? Onde está o arranjo das entradas de
Tavira, em especial pela Rua Almirante Reis? Para isso não era preciso grande
volume de verbas…
Onde
está a pressão autárquica para ter sido melhorado – pelo menos - o percurso até
às quatro Águas?
Onde
esteve o apoio à cultura, para além das iniciativas privadas que foram dando
alguma.
Mesmo
com pouco dinheiro, onde esteve a vontade de fazer alguma coisa?
A
grande bandeira foi a EMPET. Com que resultados? Ou apenas na intenção de
tornar mais aconchegados os proventos do seu Conselho de Administração?
Como
é que uma empresa sem negócios, só com prejuízos e com um passivo de arrepiar
se permite ter viaturas de luxo, brochuras de luxo, sedes de luxo e vencimentos
de luxo?
Mais
uma vez a malta socialista fez questão, nestes quatro anos, de arranjar uns
tachos para os amigos, mantendo as mesmas figuras no activo e/ou na nova lista,
sem que interessassem eventuais
contenciosos insanáveis com o Município?
Primeiro
estão os amigos.
O
que, nos mandatos anteriores não aconteceu. Assim o reconheço, mesmo sem
concordar, em grande parte, com a forma de actuar do antigo Presidente.
Mas
uma coisa esteve certa: Tavira estava sempre em primeiro.
Agora,
o que aparece à vista é o interesse dos camaradas, quando se esperava que
Tavira não voltasse a estar enfeudada a qualquer partido.
Será
possível impedir mais quatro anos de inércia?