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terça-feira, 13 de agosto de 2013

TAVIRA, QUATRO ANOS EM BRANCO...



                                                             Por Lopes Sabino

Agora que vai começar a ferver a luta eleitoral por um novo mandato autárquico, seria bom começarmos por olhar para o que fora feito em 12 anos anteriores e o muito pouco que apareceu nestes últimos quatro anos.

Assim que começou o mandato, os tavirenses verificaram que o rodopio de funcionários deambulando por toda a cidade em busca do café da manhã ou do intervalo da meia tarde era incessante.

Os autarcas a tempo inteiro também fizeram um estilo de entrada mais tardia no edifício municipal.

Mas quem tem alguma coisa com isso? – perguntar-se-há…É preciso é que apareça obra feita. O horário é o menos…

Estaríamos de acordo, se de facto aparecesse obra feita. Mas a verdade é que ela não apareceu.

Onde está o Porto de pesca? Onde está o arranjo da marginal com todo aquele lixo que vai desde a lota até à Ponte de Dom Manuel? Onde está o arranjo das entradas de Tavira, em especial pela Rua Almirante Reis? Para isso não era preciso grande volume de verbas…

Onde está a pressão autárquica para ter sido melhorado – pelo menos - o percurso até às quatro Águas?

Onde esteve o apoio à cultura, para além das iniciativas privadas que foram dando alguma.

Mesmo com pouco dinheiro, onde esteve a vontade de fazer alguma coisa?

A grande bandeira foi a EMPET. Com que resultados? Ou apenas na intenção de tornar mais aconchegados os proventos do seu Conselho de Administração?

Como é que uma empresa sem negócios, só com prejuízos e com um passivo de arrepiar se permite ter viaturas de luxo, brochuras de luxo, sedes de luxo e vencimentos de luxo?

Mais uma vez a malta socialista fez questão, nestes quatro anos, de arranjar uns tachos para os amigos, mantendo as mesmas figuras no activo e/ou na nova lista, sem que interessassem  eventuais contenciosos insanáveis com o Município?

Primeiro estão os amigos.

O que, nos mandatos anteriores não aconteceu. Assim o reconheço, mesmo sem concordar, em grande parte, com a forma de actuar do antigo Presidente.

Mas uma coisa esteve certa: Tavira estava sempre em primeiro.

Agora, o que aparece à vista é o interesse dos camaradas, quando se esperava que Tavira não voltasse a estar enfeudada a qualquer partido.

Será possível impedir mais quatro anos de inércia?

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