AS “GORDURAS”… DE
ALGUNS FINÓRIOS
Crónica de: Ambrósio Antunes
(Correio da Manhã de 03.08.2012)
Parece, finalmente, que o Governo resolveu
começar a cortar nas “gorduras” que afectam a pobre economia portuguesa.
Primeiro terá sido nos contratos ruinosos
que o “sagrado” Sócrates fez com as PPP’s, nas quais o actual Executivo deu
agora, ou vai dar, uma dentada de MIL MILHÕES DE EUROS.
Hoje chegou a vez das “Fundações”,
associações milionárias, onde conhecidos “finórios” mamam à vontade, na teta da
“porca da política”.
Oxalá que não demore a decisão do Governo em dar
a volta aos Institutos e Observatórios, que proliferam neste país como ervas
daninhas inimigas do Tesouro Público.
Mas, voltando às “Fundações”, que são às centenas
e se identificam em três espécies:
1º.- Aquelas que são constituídas com o objectivo
de fugir ao fisco, usufruindo de benefícios fiscais, como é o caso da “Fundação
Stanley Ho”, que sacou para o bolso do chinês, 2,2 milhões de euros;
2º.- As que somente têm em vista explorar os
cofres públicos, como é o caso do madeirense Joe Berardo com a sua “Fundação de
Arte Moderna e Contemporânea”, a quem o Estado, para além de lhe ceder um
palácio após a “chantagem” de levar para o estrangeiro a sua “velharia”, ainda
recebeu o apoio de 13,3 milhões de euros, saídos dos sacrifícios e suor do povo;
3º.- Aquelas que “comem” dos dois “pratos”, como
é o caso da “Fundação Mário Soares”, que sem pudor para com a crise que
Portugal atravessa, não só beneficiou de 269 mil euros de isenções fiscais,
como meteu no “bolso” 1,3 milhões de euros (sem contar com outras migalhas).
Claro que há muitas mais fundações, com nomes que
até dão vontade de rir, como é o caso: “Fundação Abrakadabra”, “Fundação Agir
Hoje” ou “Fundação Arca da Aliança”, que sempre têm por detrás a figura de
certos políticos ou intelectuais de capacidade duvidosa.
É evidente que, posta em evidência a
decisão do Governo em acabar com parte destes abusos, vão começar a aparecer as lamurias, as contestações e as ameaças, iguais às que já foram vociferadas por
Carlos Monjardino… Alguém sabe para que fins sociais ou públicos serve a
“Fundação Oriente”, de que este “finório” é presidente e que em apoios directos
arrecadou 1,52 milhões de euros e em benefícios fiscais retirou aos
cofres públicos 16,8 milhões de euros?
Não será melhor este “Monjardino” estar muito
sossegadinho? Não lhe chegou o caso “Macau”, do qual se “ilibou” graças à justiça
que temos em Portugal”
O Povo não tem a memória curta!...
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