Pode muito bem este capitão de abril reunir as “espingardas” enferrujadas que quiser, para repor a democracia que lhe vai na mente imaginária, que nunca conseguirá demover certos “moinhos de vento” que se enraizaram na sociedade portuguesa.
Portugal, geograficamente,
estende-se por um país de 89.000 quilómetros quadrados e 10 milhões de almas
viventes. Porém o país vive subjugado a uma pequena parcela de 83 Kms., chamada
Lisboa, que já foi chamada, pomposamente, a capital do “império”.
Lisboa é tudo em Portugal. Isto mesmo
justifica aquele velho dito popular que ouvimos desde sempre: “Portugal é Lisboa e tudo o resto é paisagem”.
Entre o meio milhão que povoa a
grande urbe, coexiste, então, uma “casta” de indivíduos que tudo dominam neste
lugar com 8 séculos de existência. Todo o poder nacional ali se concentra:
Político, económico, saúde, cultura e… até criminoso.
O resto do país vive na
expectativa parvalhona do que diariamente acontece naquele espaço. Aqui na
província absorve-se tudo o que a “poderosa” (mas falida) imprensa, rádio e
televisão, sediadas na capital, faz penetrar nos nossos cérebros empedernidos,
e que sem consentimento prévio se apoderam
da nossa própria opinião.
Constitui esta “casta” ilustre de
“portugueses”, a chusma de
comentadores e analistas que povoam, sobretudo, os meios audiovisuais daquela
“pobre” cidade. Alguns, autenticas “enciclopédias” mal traduzidas, tudo
comentam e opinam. Tudo analisam, com douta opinião, saltando da política para
o desporto, da economia para o teatro, do comércio para a educação, passando
pela agricultura, da saúde para a justiça… Enfim, um saber que nos faz uma
inveja do raio que os parta.
Claro que nunca vimos deles obra
feita, a não ser receber dessas televisões, estações de rádio, agências
noticiosas e certa imprensa, os “chorudos” proventos das suas contrafeitas
opiniões, cozinhadas, muitas delas, em QI fora de prazo, que só servem para
“incendiar” o país. Chamam eles a isto “democracia”…
Estou a lembrar-me de um que
tanto comenta politica como futebol, como modas, como “fofocagem” do “Jet 7”, parasitário que até recebe luvas para
mostrar a cara enferrujada nas reuniões da fina casta.
Para não falar de um outro, com a
mente afectada pela esclerótica vaidade, que quando abre a boca, ou entra mosca
ou sai asneira… Mas este pode com tudo isto. Burguês, anafado, bem nutrido e “afogado”
em reformas, subsídios e outros proventos, cultiva uma boa forma física e ainda
aí está para as curvas.
E nós, “provincianos”, a gramar
com toda esta imbecilidade.
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