Páginas

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O ORÇAMENTO/2013, OS IMPOSTOS ... E TAVIRA


      por Prudêncio Matias
Os ânimos andam alvoroçados por esse País fora. E o caso não é para menos, dado o exagero dos impostos em geral e dos cortes em pensões de reforma ou de aposentação.

Televisões, as tribunas
dos "fala-barato"
Estou com todos aqueles que têm baixos rendimentos e a quem, de sobremaneira, afecta hoje e afectará no futuro a execução orçamental do Estado.
Mas não posso estar com aquelas figuras importantes que não dão soluções, mas que a toda a hora debitam as suas lamurias acerca do  futuro próximo da bolsa dos portugueses. É que a maior parte desses “profetas da desgraça”, Professor Marcelo incluído, são senhores de muitos empregos ou de muitas benesses, a que acrescem os comentários pagos a “peso de oiro”, nos diversos órgãos de comunicação social.
Queixam-se de “barriga cheia”, mas eles, que acumulam funções e vencimentos, não abdicam dos cargos de comentadores, a favor de outros, entre os milhares de desempregados que por aí temos, alguns bem qualificados.
Para eles, qual é a alternativa?
Suspender os empréstimos externos? Sair do euro? Não pagar a dívida?
Quem pagaria aos senhores deputados, aos sindicalistas que não trabalham, aos pensionistas, aos reformados? Quem suportaria as frequentes greves e os prejuízos dos transportes públicos? Quem alimentaria essa incontrolada máquina despesista do Estado?

Máquina despesista que, por exemplo, ainda não conseguiu acabar com as subvenções vitalícias aos políticos. Ou que ainda não descobriu que deveria obrigar os políticos aposentados com 10 anos de serviço a continuar a descontar até aos 36, como qualquer funcionário. Ou, também, que parece não ter pressa em acabar com os institutos, observatórios, fundações e outros organismos inúteis.
Anda tudo a ver quem mais depressa engana este confiante povo. Sem se lembrarem de pedir contas ao responsável pelos dois  mandatos governativos anteriores, que se passeia pelas margens do Seine. Que goza a vida “à grande e à francesa” e mantém em Portugal uns quantos muchachos da sua antiga equipa a mandar umas bocas foleiras sobre a terrível situação a que de facto chegámos…
****
Pelo meio disto, em Tavira queixam-se os autarcas de não poderem endividar-se mais e a lei não lhes permitir assumirem encargos sem atempada disponibilidade financeira.
Mas quando se trata de diminuir despesas com o proposto agrupamento de freguesias, acham que não pode ser.
Também não pensam na possibilidade de suprimir, por iniciativa própria, o número de cargos dirigentes cujas funções se cruzam e confundem.
Também decerto não tencionam acabar com empresas públicas municipais que sejam apenas fachada de completa inoperância.
Pena seja que não imitem a ideia do seu correligionário António Costa, que em Lisboa, embora por razões de uma personalizada promoção política, baixou, para os mínimos, as taxas a arrecadar pela autarquia.
As análises a tudo quanto ocorre, no País ou em cada concelho, passa pelo realismo e por propostas concretas que a maior parte dos políticos e/ou dos comentadores nunca apresenta.
É preciso pensar com coerência e no sentido do interesse comum. 
Será capaz disso algum dos políticos, sindicalistas ou comentadores que temos? 


Sem comentários:

Enviar um comentário