Afinal os portugueses podem ser
pessoas felizes.
A crise não pode, nem deverá ser
a causa das nossas amarguras, nem provocar o “stress” que nos leve ao
desespero.
O português tem antídotos para
combater essa epidemia moderna, basta deixar de acompanhar, nos clássicos ”media”
(TV, rádio e imprensa especializada), o dia-a-dia dos políticos
clonados e voltar-se para realidades positivas que façam volatilizar o seu pensamento
para factos da imprensa chamada “cor-de-rosa”.
Ora peguem lá numa dessas
revistas que trazem na capa a Rita Pereira, ainda a chorar a morte do Angélico,
apesar de, depois da tragédia, já ter “namorado” (no meu tempo chamava-se outra
coisa), um empresário, um modelo, um músico e um futebolista.
E pense:
Para que vou eu perder tempo a
ouvir o Mário Soares a aconselhar que o PS mande a “troika” às favas, se
tenho à disposição os diálogos dos “Homens da Luta” ou o (des)cansado Hermano
José?
Porque é que o Passos Coelho e o
Tó Zé Seguro não hão-de ser amigos. Podem até não “casar” (politicamente, claro),
mas viver em paz como o Zé e a Cátia Aveiro (cunhado e irmã do Ronaldo), que se
separaram, mas continuam a manter a vida de luxo, na mesma casa, às custas do
ídolo da bola.
Por isso não é melhor deixar os
políticos governarem-se à vontade e deixarem o Zé Povinho só, que ele sabe
aguentar-se?
Que diferença faz que me cortem o
subsídio de férias e o 13º mês, se tenho a consolação de ler nas revistas do
“jet 7”, quanto recebe a Catarina Furtado ou o Malato, da TV falida, ou quanto
vai receber o Futre (30.000 euros), só para comentar o Europeu na RTP. Basta eu
pensar o que faria com a “massa” deles, para me sentir feliz…
Por que razão hão-de os
portugueses se preocupar com os problemas do Ministro das Finanças Vítor Gaspar, que nos
entra diariamente nos bolsos, quando sabemos que os adeptos do futebol, que se
agridem sempre que se confrontam os seus clubes, mas que nunca têm preocupações
com as finanças do Porto, do Benfica ou do Sporting. Para isso basta ter à
frente destes clubes, homens de grande cabeça (e dinheiro), como o “papista”
Pinto da Costa, o “borracheiro” Filipe Vieira, ou o “armador” Godinho Lopes.
Há fome no país? Então não existe
tanta comida no “Pingo Doce” e no “Continente”? Que se saiba ainda não chegou o
racionamento da II Guerra Mundial.
E os nossos beneméritos Soares dos Santos
e Belmiro, não são homens para atenuar a fome a quem precisar?
Ora não sejamos pessimistas, O
remédio talvez seja a tal “mezinha” caseira: Um fado, um bom copo de vinho, um desafio de
futebol e uma “missazinha", de vez enquando, para nos aliviarem os maus pensamentos.
Ambrózio Antunes
Aí esta uma peça carregada de ironia e realismo, bonito. Já que não nos resta mais nada fiquemos com a "palavra", enquanto não pagar imposto.....
ResponderEliminarParabéns.