Andamos mal, não há
dúvida, então não é que as mesmas pessoas que condenaram, e bem, a entrega,
no ano passado, directamente em Bruxelas do PEC (Plano de Estabilidade e
Crescimento), sem conhecimento prévio da Assembleia da Republica e do Senhor
Presidente da Republica, vêm agora entregar o DEO (Documento de Equilíbrio
Orçamental) também em Bruxelas, sem que tivessem dado prévio conhecimento do
mesmo à Assembleia da Republica e ao Senhor Presidente da Republica, que por
acaso também pertence ao mesmo partido politico. Isto deve estar tudo mesmo muito louco.
Não se ganha nada
com este tipo de situações a não ser desgastar o capital de confiança que os
portugueses depositaram no actual partido no poder.
Mas pior, quando finalmente
este governo entrega na Assembleia da Republica os quadros anexos ao DEO, para análise dos
“nossos mui ilustres” deputados, não é que os documentos em causa estão elaborados
em inglês? Quando ouvi em directo a notícia nem queria acreditar. Será
desprezo, incompetência ou propositado? Seja o que for não se pode aceitar, nem
com pedidos de desculpa do Senhor Ministro.
Temos tentado
reconhecer os esforços de rigor, de exigência do actual executivo, sendo que muitas
das medidas adoptadas suscitam-nos as mais acesas dúvidas se não poderiam ser levadas
a cabo de outra forma, embora no entanto as mesmas medidas mereçam o nosso total apoio
face à calamitosa situação das finanças públicas a que o anterior “desgoverno”
nos conduziu, o que parece que toda a gente já esqueceu, ou está em vias de
esquecer.
Veja-se o caso do
Doutor António José Seguro que muito rapidamente veio mostrar a sua mais elevada e expressiva indignação
pela total falta de sentido de estado do actual governo, dando-se mesmo ao desfrute
de pedir uma reunião ao Senhor Presidente da Republica. Este senhor não estava
em Portugal quando os seus correlegionários políticos fizeram o mesmo, no ano
passado? Não devia estar, porque se estivesse, com o seu ar de menino bem comportado,
teria feito garantidamente um alarido no mínimo idêntico, ou não teria?
Triste situação a
que este país chegou, a incompetência é como uma doença altamente contagiosa,
por mim sinto-me, com cada vez maior frequência, assediado por ela, não sendo fácil
resistir-lhe, já que ela se justifica, em nós mesmos, através do apontar as
falhas dos outros.
Tentando resistir a
esta determinante, pede-se ao actual governo mais cuidado, reflexão e capacidade
de escolha para a nomeação dos altos cargos da administração pública, para não
se ver envolvido em situações altamente desgastantes como esta.
Alguém acredita que teria de ser o Senhor Ministro Gaspar que deveria estar preocupado se os documentos entregues no parlamento deveriam estar em português ou inglês? Será que fez, ou mandou fazer de propósito, para permitir a situação embaraçosa em que se encontrou? Quem seria que esteve na origem desta falha? Talvez algum repescado “comissário politico”, que como muitos outros e por razões no mínimo estranhas têm vindo a ser nomeados pelo actual governo para diversos lugares de topo da administração pública.
Alguém acredita que teria de ser o Senhor Ministro Gaspar que deveria estar preocupado se os documentos entregues no parlamento deveriam estar em português ou inglês? Será que fez, ou mandou fazer de propósito, para permitir a situação embaraçosa em que se encontrou? Quem seria que esteve na origem desta falha? Talvez algum repescado “comissário politico”, que como muitos outros e por razões no mínimo estranhas têm vindo a ser nomeados pelo actual governo para diversos lugares de topo da administração pública.
Depois não se
queixem….. tenham cuidado, para não desmotivar ainda mais o povo que vos elegeu.
A vossa resiliência é, no nosso modesto entender, o factor que nos poderá tirar do aperto a que a irresponsabilidade do
anterior poder nos conduziu.
Luís Costa
Silva
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