Latino Club |
Começa a ser
recorrente, na nossa sempre pacifica cidade de Tavira, que todos os fins de
semana, nas noites de Sexta-feira para Sábado, e nas noites de Sábado para
Domingo, melhor nas respectivas madrugadas, grupos de indivíduos de ambos os
sexos façam o percurso entre um bar situado debaixo da ponte, junto ao
mercado novo, o “Latino Club”, e a estação da CP, destruindo tudo o que
encontram à sua passagem.
Cadeiras e mesas
das esplanadas, destruídas ou lançadas ao rio, vidros de viaturas estacionadas
partidos, carroçarias amolgadas por saltarem em cima das viaturas
estacionadas ao longo da Avenida da Liberdade e da Avenida Mateus Teixeira de
Azevedo, destruição de equipamento urbano que vão encontrando pelo caminho
(sinalética urbana, bancos de jardim, candeeiros, etc. etc.), enfim uns selvagens
que tanto quanto se sabe não serão da nossa terra, já que seguem para a estação
da CP para apanhar o comboio das 06:14, que se desloca no sentido V. R. S.
António / Faro.
Vidro restaurante |
As autoridades
parecem ineficazes já que o fenómeno repete-se continuamente sem que o
consigam, pelo menos aparentemente, controlar.
Ontem à noite,
melhor, na madrugada de hoje, 06 de Maio, no referido percurso a começar no já
citado bar (do qual gostaríamos de saber o horário de funcionamento, e se a autarquia e a PSP, efectuam a respectiva fiscalização), ao
longo da Rua José Pires Padinha, começaram por partir o vidro do restaurante na
esquina daquela artéria com o Largo Doutor Parreira, de seguida partiram os vidros das portas
do café ao lado da Pensão Marés, e a poucos metros foi também partido o vidro
da porta principal do banco BANIF, mesas e cadeiras das esplanadas do mercado
velho, mais de uma dezena, semeiam o fundo do rio, só se conseguindo ver na
baixa-mar.
Mas o que é isto?
Terá a população que suportar esta situação?
Os “meninos”, quiçá
eventuais beneficiários de algum rendimento mínimo ou outro subsídio do Estado (ou serem
filhos, ou netos de quem deles usufrui), vêm gastar no bar “Latino Club”, a benefício do
respectivo proprietário, os seus (ou dos papás) “rendimentos”, em bebidas
alcoólicas, e de caminho destroem tudo o que encontram à sua passagem.
Claro que tudo isto
começou por terem feito uma primeira experiência e não se terem dado mal, então
tornou-se engraçado que, para garantir a viabilidade económica do empresário do
citado bar, continuassem recorrentemente a vandalizar a propriedade alheia,
preferencialmente fora da sua cidade.
O que fazer? Perguntamos
ao nosso poder autárquico? Começamos a constituir grupos de cidadãos para
defesa do nosso património, brigadas civis? Julgamos não ser este, por enquanto,
o caminho correcto.
Parece que, não há
muito tempo, a PSP terá capturado na estação da CP alguns dos referidos
vândalos, não sem que eles tenham resistido violentamente. E depois? Parece
também que um deles, já na esquadra, terá destruído um computador e um
telefone da PSP.
O que terá
acontecido a este cidadão? Não se sabe, mas era bom que se soubesse, ou será
que houve uma das já habituais decisões do nosso poder judicial? Não estavam
reunidos, ou faltava um, dos pressupostos do crime (por exemplo, a necessária queixa
dos ofendidos, nos crimes privados), pelo que o cidadão não poderia ser punido?
Será?
Não gostamos de
colocar questões, ao nosso poder autárquico, sem apontar pelo menos um caminho
de solução.
Julga-se como primeira medida que não se devia permitir que o bar
em causa que tivesse a porta aberta para além da meia-noite, mais se deveria solicitar à PSP um
reforço de fiscalização do referido percurso nos horários que acima referimos,
particularmente nas madrugadas das noites em que tiver havido uma chegada de “meninos”
nos comboios, cujos horários bem se conhecem e são muito poucos, para virem
para a “night” tavirense.
Uma boa cooperação
entre a PSP de Tavira e a PSP de Olhão não seria uma má ideia, e já agora,
porque não uma sensibilização do próprio poder judicial (Delegados do Procurador da
Republica e Juízes) para a necessidade de responsabilizar materialmente os
respectivos pais ou tutores, se forem menores, pelos estragos causados pelos
seus “rebentos”, ou os próprios meliantes, no caso de serem maiores, obrigando-os pois a pagar o que estragam.
Luís Costa Silva
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