A bela Irina Shayk cresceu numa família pobre, como tantos milhões de crianças. Vivia numa pequena aldeia da Rússia e tratava do jardim todos os dias. No início da sua carreira, muito difícil, ela não tinha dinheiro nem para comer.
Quem pode deixar de respeitar estas suas palavras? É sempre de admirar alguém que se ergue da pobreza e conquista o estrelato do Mundo.
Nem todos nascem acompanhados dessa sua "estrelinha". Mais de metade do mundo nasce pobre, vive pobre e morre, por vezes, mais pobre.
Mas esta menina teve a dita de sair de um berço proletário e, com o esbelto corpo que Deus lhe deu, de se guindar às passarelles mundiais da moda e dormir nas luxuosas alcovas dos grandes hotéis marcados por constelações de brilhantes estrelas.
Depois ainda seduziu o maior futebolista do mundo, o também ex-pobre português Ronaldo,oriundo da Ilha do senhor Jardim. Se a seta do Cupido que os une não se quebrar, os dois irão viver uma eterna felicidade, longe dos modestos lugarejos onde nasceram.
Mas acontece que as grandes virtude, por vezes, são manchadas por atitudes irreflectidas, que em nada abonam a modéstia que, igualmente, muito bem assenta nas lutadoras como a Irina.
Mas acontece que as grandes virtude, por vezes, são manchadas por atitudes irreflectidas, que em nada abonam a modéstia que, igualmente, muito bem assenta nas lutadoras como a Irina.
Na sua recente estadia em Lisboa a manequim ficou alojada no Hotel Tivoli, um dos mais conceituados da capital, e por uma dormida, numa suite, pagou 625 euros, aquilo que muitos portugueses e russos não ganham num mês. E aí a menina ficou muito desiludida com o hotel, que considerou "péssimo". Possivelmente muito pior do que o quarto onde nasceu, lá na Mãe Rússia.
Na realidade os portugueses são muito injustos. Com o estatuto que a manequim usufrui e como noiva do Ronaldo, ela tem todo o direito de exigir que na próxima deslocação a este país, vá dormir ao Palácio de Belém.
A menos que a residência do nosso Presidente também não lhe agrade.
Raul Viegas
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