Mais um
fim-de-semana de Páscoa que termina, mais um encontro de juventude na Ilha de
Tavira, com milhares de jovens de várias nacionalidades, e lá temos o eterno
problema dos acessos à ilha e do estacionamento de viaturas, que estacionados a
um lado e a outro da estrada das Quatro Águas já chegam praticamente à antiga
fábrica de conservas Tavirense.
Não terá chegado a
altura de reflectir? De se fazer uma abordagem integrada e competente à
problemática dos acessos à Ilha de Tavira?
Fila para o barco da ilha, na cidade, no Verão 2011 |
Mas e os
estacionamentos face à cada vez maior procura? E as embarcações para transporte
de pessoas? São retiradas as embarcações de Tavira para Faro, em plena época
alta, pois o concessionário ficou também com a concessão do acesso à Ilha
Deserta.
Estamos perante um muito complexo problema cuja solução, no mínimo minimizadora da situação, urge ser encontrada a bem do desenvolvimento económico da nossa terra.
O surto de construção
efectuada em torno de Tavira, na última década, agravou drasticamente a
situação, sem se terem projectado as necessárias soluções e infra-estruturas,
ficando assim comprometidas as necessárias acessibilidades.
Importa agora
arrepiar caminho e efectuar um estudo multidisciplinar, competente e aberto à
discussão pública, a ser conduzido por entidade tecnicamente reconhecida,
competente e independente, a prazo limitado, tendo todos nós a noção que a
solução acabará sempre por colidir com alguns interesses instalados.
Vamos pressionar
civicamente os nossos autarcas para olharem estrategicamente para um dos
melhores, e quase único, recursos ambientais do nosso concelho, a Ilha de Tavira, a qual
em conjunto com o Rio Gilão, que através do seu ordenamento, requalificação
e usos equilibrados, se poderão constituir como parte central de uma estratégia para a nossa salvação económica, enquanto
comunidade.
Luís Costa Silva
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