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sexta-feira, 13 de abril de 2012

UM HOMEM, UM ALCOUTENEJO, UM ALGARVIO

Perante o estado calamitoso em que se encontram as finanças das autarquias, por todo o país, e, em particular, as Câmaras algarvias, confirma-se o velho provérbio que: "Não há regra sem excepção".
E esta excepção, esta ténue luz que brilha no túnel negro em que se asfixiam os presidentes das nossas edilidades, vem de uma pequena, simples, mas honrada Câmara do Nordeste Algarvio.
O Município de Alcoutim, que acaba de aprovar o Relatório de Gestão, regista uma receita superior à despesa, o que lhe permite apresentar um saldo final positivo de um milhão de euros.
Como se verifica então este milagre? O seu executivo lançou mais impostos? Não fez obras necessárias? Cortou na saúde, na educação, nas estradas, no bem estar da população?
Nada disso.
"Realizamos a transição do ano sem qualquer dívida a fornecedores ou empreiteiros"... "Tudo se resume a uma gestão muito cuidada de dinheiros públicos, só se realizando obra quando há verba"!
Esta a garantia dada pelo Presidente da Câmara Municipal de Alcoutim.


Francisco Augusto Caimoto Amaral é um médico competente e um Homem de elevado sentido de missão pública. Formado em 1982 voltou para a sua terra para exercer medicina, até que em 1993, sentindo despertar o apego à terra que o viu nascer, enveredou pela política.
Não deixou totalmente o seu mister de esculápio, pois continuou a assistir aos seus conterrâneos na doença, simultaneamente à sua condição de médico voluntário no Hospital de Faro.
Como político serviu o Algarve na qualidade de deputado da Assembleia da República, e, como Presidente da Câmara de Alcoutim, tem feito obra relevante, que está bem patente.
Então, por que tem tido o Dr. Francisco Amaral, todo este sentido de missão pública?
Ele próprio o confessa numa entrevista há tempos concedida a um jornal da Região.
"Costumo dizer que sou maluquinho por Alcoutim. Não consigo viver fora de Alcoutim. Quando digo que pagava para ser Presidente da Câmara de Alcoutim, quero significar que não é o dinheiro que me move, mas sim esta paixão por Alcoutim, pelas dificuldades dos Alcoutenejos, pelo rio, pela pesca, pela caça e pela minha horta".
O Dr. Francisco do Amaral é todo um exemplo da capacidade e potencialidade que o algarvio pode dispor em prol da sua Região.
Mas, somente, porque ele tem a consciência que, para se ser Algarvio... é preciso ser Algarvio.

1 comentário:

  1. São pessoas como esta que ainda alimentam a réstia de luz que nos permite acreditar que temos futuro, e que vale a pena não baixar os braços.

    Bem haja.

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