Voltamos de novo ao
tema problemático dos acessos às Quatro Águas e consequentemente à Ilha de
Tavira, as soluções não serão muitas face, quer à natureza da área envolvente,
um parque natural, quer à elevada procura sazonal da referida ilha.
Entendemos ser imprescindível
efectuar um estudo aprofundado da situação (número de viaturas, número de
utentes das embarcações de transporte fluvial/dia ao longo da época alta,
espaços disponíveis nas Quatro Águas, deslocalização dos depósitos da
exploração das areias, aumento das áreas de fundeadouro e estacionamento das
embarcações de recreio, requalificação e redimensionamento dos cais de embarque
e desembarque, etc., etc.), o que não nos impede no entanto de reflectir sobre
a situação, e de ter ideias a serem eventualmente avaliadas à luz do referido
estudo.
Uma primeira
opinião nossa passa por estabelecer uma restrição quase total do acesso de
viaturas às Quatro Águas, criando soluções de transporte alternativas eficazes
e que satisfaçam os requisitos de utilização qualificada daquele espaço. Esta
restrição poderia passar por uma contagem do número de carros que entram na
estrada e na área das Quatro Águas e o número de carros que saem, controle este
electrónico e ligado a um sistema semafórico a implantar, no inicio do futuro
acesso, junto ao estacionamento do Mercado Novo, interditando assim o numero de
viaturas na área para além dos espaços e lugares disponíveis.
Uma segunda opinião é que as cargas e descargas de bens de consumo para as infra-estruturas existentes na ilha, deveriam ser condicionadas a horários fora dos horários da utilização pelos veraneantes (por exemplo, 06:00 às 08:30), e efectuados em local próprio e previamente estabelecido para o efeito.
Então e as pessoas,
os utentes? Como resolver esta situação?
A filosofia por
detrás da nossa ideia é a de encontrar um espaço amplo de apoio ao
estacionamento de viaturas dos utentes, fora da área das Quatro Águas, e
encontrar um meio rápido, qualificado e eficaz de transportar as pessoas até a
proximidade do cais de embarque.
Na figura junto foi
assinalada a área da Salina do Girão, em sub-exploração, junto ao Convento das
Bernardas, e entre este convento e o Mercado Novo, com cerca de 60.000 metros
quadrados, a qual poderia através da negociação com o
respectivo proprietário, ser transformada e utilizada como estacionamento em
dois pisos, um à superfície e outro no nível menos um aproveitando o desnível existente
da salina.
Neste nível abaixo
da superfície haveria uma área reservada às estruturas de apoio e manutenção a
um vaivém, que transportaria à superfície as pessoas entre este estacionamento
e as Quatro Águas.
O referido vaivém,
sem condutor e sem inversão de marcha nas Quatro Águas, operaria a energia
solar e baterias, em carril e com uma capacidade de no mínimo 50 pessoas por
viagem em quatro carruagens, com actividade ininterrupta ao longo de todo o
dia, e sistemas de segurança adequados à sua operação.
O embarque far-se-ia em local apropriado do lado direito da nova estrada de acesso às Quatro Águas, em área contigua ao estacionamento, a criar, e devidamente preparada para o efeito, e a circulação far-se-ia também, sem paragens, em todo o percurso pelo lado direito da referida estrada até ao desembarque frente à casa da GNR - Brigada Fiscal, nas Quatro Águas.
O embarque far-se-ia em local apropriado do lado direito da nova estrada de acesso às Quatro Águas, em área contigua ao estacionamento, a criar, e devidamente preparada para o efeito, e a circulação far-se-ia também, sem paragens, em todo o percurso pelo lado direito da referida estrada até ao desembarque frente à casa da GNR - Brigada Fiscal, nas Quatro Águas.
Mil e uma questões
não estão necessariamente referidas (custos, especificidades características,
etc., etc.), mas que é uma ideia, isso é.
Aí está um
contributo ainda muito tosco, necessitando de estudos, detalhes, questões
técnicas, avaliações de adequabilidade e exequibilidade, mas que pode ser uma primeira
ideia para o desafio a que nos propusemos de pensar a nossa terra.
Mas há mais……
pensemos Tavira juntos,
Luís Costa e Silva
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