Não caiu. Oxalá não caia. Mas, e se cair? A quem iremos pedir responsabilidades?
Há já alguns bons anos, quando uma enorme cheia que provocou a deslocação de um dos contentores de uma obra efectuada a montante do rio, foi parcialmente destruída a velha Ponte Romana.
O centro da cidade viu-se isolado da parte norte e a solução foi recorrer às Forças Armadas, mais propriamente ao Exército, que em poucos dias montou uma ponte provisória, para que a cidade continuasse "abraçada".
Só que de provisória passou a definitiva. E de estrutura de segunda-mão, rápido atingiu o estatuto de "terceira-idade", ferrugenta, esburacada, débil e perigosa.
Prometer... logo prometeram uma ponte nova pra aquele local. Mas a verdade é que, desde então, muitos traseiros já passaram pelas cadeiras municipais e ao que se saiba, nem ideias nem projectos se vislumbram para solucionar um caso que, num futuro próximo, se poderá tornar mais um problema citadino.
A sorte tem sido o facto de, desde aquele nefasto ano, nunca mais termos sentido a violência das correntes do Gilão quando se registam grandes pluviometrias na serra.
Mas, mesmo assim, qualquer dia a velha ponte, cansada e moribunda, ponte que foi provisória e hoje é definitiva, dará a alma ao criador e, então, se vítimas houver, os tavirenses saberão a quem apontar como responsáveis.
Raul Viegas
Bem haja por esta chamada de atenção. Gostei, e espero que se lido por quem de direito.
ResponderEliminarParabens