É evidente, como diz o nosso colega de "blogue", Prudêncio Matias, que as autarquias e, neste caso específico, o Município Tavirense, têm a obrigação "democrática" de dar a conhecer à população a saúde financeira das empresas públicas municipais, que se arrastam a reboque dos cofres autárquicos.
Sobre a E.M. Tavira Verde não será preciso falar, porquanto o conceito que dela têm os tavirenses, escuta-se a cada canto da rua e por todos aqueles que, mensalmente, olham para as facturas e se horrorizam e revoltam com os valores cobrados em água, limpeza e lixo.
Falemos, então, de outra E.M. que em cada dia que passa alarga, de forma incrível, o buraco negro em que está metida. Referimos, claro, à EMPET - Parques Empresariais de Tavira E.M., que já a acta nº. 3 da Assembleia Municipal, de 19 de Abril de 2010, chamava a atenção dos deputados municipais, para o conhecimento e avaliação do estado desta empresa.
A maioria dos tavirenses não sabe que esta estrutura accionista é composta por 96% de capital social da Câmara e 4% de uma outra empresa particular, há muito "colada" ao Município.
Em 2009 a EMPET contraiu um empréstimo de 4 milhões e 700 mil euros, encargo que hoje, talvez, nem o próprio Conselho de Administração, presidido por um conhecido socialista, sabe o valor.
Esta empresa, para além de administrar as feiras e mercados, propunha-se criar um parque industrial, mas, ao que parece, a quase totalidade dos lotes para venda (137 terrenos) estão desertos e sem empresários interessados por eles, dado o preço e a burocracia que envolve toda a sua transacção.
Sem uma orientação competente, a EMPET, moribunda, vive uma falência de morte, o que só não acontece por ter como responsável a Câmara Municipal.
Pergunta o nosso colega Prudêncio Matias, quanto ganha o "boy" que a dirige?
É segredo dos "deuses"... Mas será que com um palpite chegamos lá? 3.830,23 euros (fixas 2.931,68 e variáveis 898,55 euros).
Será?
Raul Viegas
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