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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

TAVIRA, QUE FUTURO?


Por Lopes Sabino

Dei por mim a pensar o que será do concelho de Tavira num futuro mais ou menos próximo.
Não encontrei grande consistência numa boa  resposta que – pensei – seria  desejável para todos aqueles que gostam dela. Tanto da cidade, como do todo harmonioso em que se constitui o seu território.
Hotel Vila Galé Albacora,
De centro nevrálgico de uma armação de atum, a hotel de qualidade
Nos anos 40 do Sec-XX, Tavira entregava-se à economia rural assente numa certa suserania que garantia rendimentos anuais, mas pouco cuidava de desenvolver ou inovar.
A amêndoa, o figo e a alfarroba eram o filão principal. Mas a decrepitude dos pomares de sequeiro, a perca dos preços de referência e o próprio tempo ajudaram ao desaparecimento dos grandes senhores rurais.
Nesse mesmo período, com a indústria do calçado, outrora forte, mas repartida pelos artistas individuais que foram desaparecendo, uma outra actividade impava e enchia os bolsos dos seus proprietários. A pesca do atum, detida por uma pequena massa accionista que repartia vultuosos lucros anuais, era um maná em acumulação de riqueza imobiliária. Ou em fonte de poder político e social.