Em regimes
republicanos, alguns ditos democráticos, surge um tipo de sucessão que faz
lembrar a monarquia, tão combatida pelos paladinos da alternância.

A mesma prática é
seguida em Cuba, onde a “ditadura- democrática” colocou o irmão Raúl, a suceder
a Fidel, bem se prevendo que o poder se manterá na família Castro. Castros que,
ao tempo, verberaram o terror no Haiti onde o “Papa-Doc” François Duvalier
cedeu a cadeira ao filho Jean Claude, “o Baby-Doc”. Felizmente para os
haitianos, esta dinastia pertence ao passado.
A velha Rússia de
onde sempre saíram directrizes para o mundo comunista e apesar da perestroika e
das eleições que se lhe seguiram, não está melhor. Vladimir Putin e Dimitry
Medvedev vão na terceira troca de cargos entre si. Presidente/PM;
PM/Presidente.


República ou Monarquia?
Democracia ou ditadura? Seriedade ou palhaçada?
No Portugal republicano não há
memória de tal tipo de sucessão dinástica. No pós 25/Abril, contudo, há uma
tentativa. Mário Soares levou para a política o seu estimado filho, o
truculento João. Ainda o fez deputado (pelo Algarve) e Presidente da C.M. de
Lisboa. Contudo, as suas tentativas de liderar o PS não lograram êxito.
Aí, foi o partido
inteligente. Caso contrário seria mais uma oligarquia no poder, na desculpa de
se tratar apenas de uma “sucessão democrática”.
Mas ainda bem que não funcionou, porque, para
desgraças, bastam as que já cá moram!
Prudêncio Matias
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