Não há nada como a televisão para nos fazer aperceber de como a vida portuguesa é uma completa comédia.
No domingo passado deu-me pena ver o "pobre" do Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, em Baleizão (Alentejo), depois de homenagear o túmulo de Catarina Eufémia, debaixo de chuva e granizo, encharcado que nem um pinto, botar o seu habitual discurso contra as alterações ao novo código de trabalho.
Pensei, como é difícil defender a "democracia" destes comunistas portugueses.
Pensei, como é difícil defender a "democracia" destes comunistas portugueses.

Ali desfilou o "sumo" da moda arquitectada pelos disputados costureiros, cabeleireiros e joalheiros da capital.

Como eu me recordei do pós 25 de Abril, quando este tipo de eventos eram frequentados e decorados por calças de ganga rotas no joelho, barbas e "tuças" crescidas e mal lavadas, a comprovar o verdadeiro espírito revolucionário de então.
Mas quem eram as ilustres personagens que se enquadravam no "ecran" da minha televisão, nesta gala para a qual fui convidado, assentado no sofá da minha sala?

Eram tantos, que seria difícil exigir que a agricultura portuguesa e os camaradas do Jerónimo de Sousa produzissem batatas suficientes para alimentar esta gente, quanto mais para matar a "fome" a um milhão de portugueses desempregados.
Para mim o espectáculo correu bem, até à altura em que me pediram para votar pelo telefone (não sei o quê), e para me exigirem 6o cêntimos, por chamada, subtraídos do meu rendimento mínimo social.
Irritado pensei aderir à causa dos "homenzinhos da luta", mas eles também lá estavam no meio da "maralha"...
Ambrózio Antunes
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