por:
Prudêncio Matias
Sempre julguei que o
secretismo da vida pública tinha sido desmantelado com a instauração
democrática a que todos se querem colar mas que muito poucos exercem. O
secretismo aumentou, espalhou-se, institucionalizou-se…
A
Democracia é difícil. Um misto de serviço público, de sacrifício e de contenção
pessoal, que nunca deveria significar compadrio ou interesses cruzados
escondidos.
Mas significa. E há
uma razão para que isso aconteça.

O secretismo tomou
conta da vida do País. Basta observá-lo pela forma como se movimentam certas
figuras. Como se compram votos, através das promessas de um lugar “à mesa do
orçamento”. Como são “lavadas” situações bem conhecidas, como são destruídas
escutas de importantes processos, como são ilibados grandes figurões ou
protelado o cumprimento de decisões em recurso atrás de recurso.
São as sociedades
secretas que movem as suas influências aqui, ali e acolá, sem distinção
partidária.
São as corporações.
São os grupos de
interesses há muito instalados e prontos a continuar a distribuir cargos,
benesses e remunerações escandalosamente imorais.
São afinal aqueles
que frequentam as “tendas-vip” nos acontecimentos mais diversos, invenção
destinada a promover medíocres figuras que a imprensa adora fotografar.
Nos governos, começam
eles pela carreira de assessor ou adjunto de um qualquer ministeriável. É o
estágio para futuro secretário de estado, quiçá ministro. Depois, nunca mais
largam o poder…
Poder que se define
pelos postos em que virão a aparecer. E vemos assim crescer o número de
Entidades Reguladoras, Institutos, Observatórios ou empresas privadas que vão
assumindo o papel que antes pertencia ao funcionamento do Estado, em funções e estruturas
criadas à medida para arrumar os “boys”.
E eles, presidentes,
administradores, vogais e outros que tais, em vencimentos e “alcavalas” de
roda-livre, vão consumindo os recursos e deixando as “espinhas” ou seja, o
deficit, para o OE (orçamento do Estado).
Será este secretismo
corporativo a razão por que, apesar de um ano decorrido, ainda não foram
reduzidos os cargos, os altos vencimentos, as comissões disto e daquilo,
incluindo as comissões liquidatárias de organismos há muito inexistentes e que
se mantêm como liquidatárias de si próprias, com os continuados e altos
dispêndios que os vão aguentando na onda de uma vida fácil e “flauteada”?
Desde há 38 anos, o
secretismo tanto mexeu antes, como mexe hoje. Parece haver receio de
enfrentar a realidade. Talvez para que não apareça um “intocável” a deitar
abaixo qualquer tentativa de moralizar o funcionamento das instituições, de
reduzir as altas remunerações dos interesses instalados e de acabar com essa fila imensa de
organizações que não se sabe para que existem ou para que foram sequer
formadas.
Quando haverá coragem
para acabar com estas influências e esse repasto de que se alimentam os homens
do avental, da capa ou do chapéu, da corporação, do grupo empresarial ou do
compadrio, no secretismo e na imunidade que a mistura partidária lhes permite?
Caros senhores, o anomimanto nunca fez parte do meu percurso profissional e político, nunca escondi-me atrás de pseudónimos ou de perfis altrernativos, SEMPRE DEI A CARA E A MINHA ASSINATURA...
ResponderEliminarPor isso, por reconhecer que muitas das vossas posições são justas e marcantes, desafio-vos a dar a cara e a assinar as vossas tomadas de posição para que as mesmas sejam analisadas com seriedade e respeito, ponderadas por quem de direito e tomadas em consideração pelos políticos da nossa terra. Tavira merece a vossa dedicação e apenas poderá respeitar-vos quando adotem tal postura.
A Democracia aca bou com regime de medo e perseguição que vigorava até 1974, perrmitindo que princípios e valores maiores preponderassem na nossa soceifdade e que Tod@s tivessem liberdade de expressão.
Muitos disseram-me que a LIBERDADE tinha sido solta no dia 11 de Outubro de 2009. A vossa atitude surpreende-me pela negativa...
Esta é a vossa oportunidade de surpreender-me, LIBERTEM-SE DO PASSADO e sejam tavirenses de pleno dirento, manifestem-se com os vossos nomes e identidades e poupem-me alguns adjetivos que teimam em emergir...
Cordialemente, JG.
(Continuação)
ResponderEliminarEstamos abertos a todos os que venham por bem, com os artigos e participações que não se tornem ofensivas para ninguém, e promovam a informação despida de quaisquer interesses pessoais ou institucionais, em defesa da nossa terra e dos tavirenses.
Já agora, como despedida, gostaríamos te ter a sua opinião sobre esse movimento internacional denominado “Anónimos”, porque será? Uma cambada de cobardolas com certeza, não? Só uma mentalidade bafienta com origens no antes do 25 de Abril, não releva as pessoas, relevando os interesses instalados, em detrimento da cidadania.
Agradecemos a sua atenção, esperamos que se identifique, em comentário no “nosso” blogue, não perante nós, pois não temos o mínimo interesse em saber quem é, mas para os nossos leitores poderem avaliar a sua coragem e frontalidade, e quem sabe poder o caro leitor retirar daí alguns dividendos ou mais valias para a sua carreira politica.
Muito obrigado,
A Redacção