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sábado, 20 de outubro de 2012

O MILAGRE DO FUTEBOL PORTUGUÊS

                                                                                                     Crónica de: Orlando Lima
Alguém tem dúvidas que o futebol é um dos poucos casos de sucesso, no contexto de austeridade por que passam os portugueses?
Quando toda a gente critica o êxodo de emigração que está a afectar os “tugas”, ponha-se os olhos no Ronaldo, o nosso mais ilustre emigrante, desejado por todos os países do mundo, que acaba por adquirir uma “bomba” de 800 mil euros.
Entretanto sejamos, igualmente, menos críticos, quando lamentamos o desemprego e os baixos salários auferidos por aqueles que resistentemente ainda vão ficando por terras lusas.

Homens de grande inteligência (e por serem inteligentes não se metem na política), que dirigem a elite do futebol português, não têm razão de queixa que o vencimento não lhes chegue para pagar o gaz, como é o caso dos “gloriosos” mentores deste desporto no F.C.do Porto, que se pode constatar na gravura anexa.


Mas, então, e como vai o futebol português?
Alguém já teve a pachorra para apreciar a estrutura desportiva dos clubes da “Liga de Honra”?
Ora, então, vejam só:
Nos 16 clubes que disputam a Liga, têm assento no banco 288 jogadores, cujo valor de “passes”, vencimentos mensais e prémios, é incalculável.
Destes 288, apenas 122 são portugueses e os restantes 166 “mercenários” estrangeiros, distribuídos por: 110 sul-americanos, com grande predomínio de brasileiros; 27 europeus; 24 africanos; e 5 oriundos de outros continentes.
Esta “riqueza” de “craques” estrangeiros predomina, claro está, nos chamados grandes clubes. O F.C. do Porto, apenas tem 2 jogadores portugueses; o Sporting 3, e o Benfica 4.
No hipotético caso que a Federação Portuguesa de Futebol determinasse que o Campeonato só pudesse ser disputado por jogadores portugueses, curiosamente apenas 3 clubes o poderiam fazer: o Setúbal, com 12 portugueses inscritos; o Paços de Ferreira e o Olhanense, com igual número de portugueses nos seus planteis.
Ora vejam só que 57% dos “pontapeadores” na bola todas as semanas, são gente importada, com grande peso na débil economia portuguesa e no significativo deficit da nossa dívida externa.
Por isso o futebol é, cada vez mais, considerado o “ópio do povo”, que deixa a malta toda drogada.

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