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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

OS NEURÓNIOS DA ENCÉFALA LISBOA, "TOUTIÇO" DE UM PORTUGAL ANÉMICO

                                                                                                                        Por: Ambrósio Antunes

Pode muito bem este capitão de abril reunir as “espingardas” enferrujadas que quiser, para repor a democracia que lhe vai na mente imaginária, que nunca conseguirá demover certos “moinhos de vento” que se enraizaram na sociedade portuguesa.

Portugal, geograficamente, estende-se por um país de 89.000 quilómetros quadrados e 10 milhões de almas viventes. Porém o país vive subjugado a uma pequena parcela de 83 Kms., chamada Lisboa, que já foi chamada, pomposamente, a capital do “império”.

Lisboa é tudo em Portugal. Isto mesmo justifica aquele velho dito popular que ouvimos desde sempre: “Portugal é Lisboa e tudo o resto é paisagem”.

Entre o meio milhão que povoa a grande urbe, coexiste, então, uma “casta” de indivíduos que tudo dominam neste lugar com 8 séculos de existência. Todo o poder nacional ali se concentra: Político, económico, saúde, cultura e… até criminoso.

O resto do país vive na expectativa parvalhona do que diariamente acontece naquele espaço. Aqui na província absorve-se tudo o que a “poderosa” (mas falida) imprensa, rádio e televisão, sediadas na capital, faz penetrar nos nossos cérebros empedernidos, e que sem consentimento prévio se apoderam  da nossa própria opinião.

Constitui esta “casta” ilustre de “portugueses”, a chusma de comentadores e analistas que povoam, sobretudo, os meios audiovisuais daquela “pobre” cidade. Alguns, autenticas “enciclopédias” mal traduzidas, tudo comentam e opinam. Tudo analisam, com douta opinião, saltando da política para o desporto, da economia para o teatro, do comércio para a educação, passando pela agricultura, da saúde para a justiça… Enfim, um saber que nos faz uma inveja do raio que os parta.

Claro que nunca vimos deles obra feita, a não ser receber dessas televisões, estações de rádio, agências noticiosas e certa imprensa, os “chorudos” proventos das suas contrafeitas opiniões, cozinhadas, muitas delas, em QI fora de prazo, que só servem para “incendiar” o país. Chamam eles a isto “democracia”…

Estou a lembrar-me de um que tanto comenta politica como futebol, como modas, como “fofocagem” do “Jet 7”, parasitário que até recebe luvas para mostrar a cara enferrujada nas reuniões da fina casta.

Para não falar de um outro, com a mente afectada pela esclerótica vaidade, que quando abre a boca, ou entra mosca ou sai asneira… Mas este pode com tudo isto. Burguês, anafado, bem nutrido e “afogado” em reformas, subsídios e outros proventos, cultiva uma boa forma física e ainda aí está para as curvas.

E nós, “provincianos”, a gramar com toda esta imbecilidade.

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