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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

EMENDAR A MÃO... É SEMPRE MANIFESTAÇÃO INTELIGENTE!


Por Lopes Sabino
Nunca me canso repetir-me, quando vejo que a incúria, o desleixo, ou a falta de atenção pelo pormenor o justificam.
Neste local, em Maio, alertei para a falta de informação turística, relativamente ao antigo Posto, na Calçada da Galeria, que tinha uma anotação na porta, em tamanho reduzido e em pouca evidência, que enviava o interessado para a Praça da República.
Ali se situa o novo átrio onde o visitante pode recolher toda a informação e partir para a descoberta de Tavira, enquanto objectivo turístico de múltipla oferta.

Mas, tanto para os que já foram ao antigo posto e dali recambiados para o novo, como para aqueles que, de nariz no ar, espreitam a designação “Turismo/Tourism/Tourisme” que não encontram, a tarefa é complicada.
Porque não encontram à primeira, nem à segunda e, quando não querem perguntar, nem à terceira, e seguem outro caminho, desistindo da informação.
Ainda ontem, um casal de espanhóis, circulando à minha frente e vindo da Rua José Pires Padinha perguntava entre si onde seria o turismo e encaminhou-se para as escadinhas da Porta de Dom Manuel.
Mais uma vez, mesmo não sendo minha obrigação, atalhei o sujeito antes dele se emaranhar num percurso errado, e apontei-lhe o local certo que ele já ultrapassara. Despediu-se com um sorriso e um “Obrigado” com pronúncia castelhana.
Mas só quem olhar com muita atenção para a frontaria do novo Posto (de localização correcta, mas sinalização deficiente) repara no que lá está inscrito:
Algarve, em letras garrafais. O símbolo i em tamanho reduzido. 
E é em letras muito limitadas no tamanho, na sombra da sacada da janela do piso superior, que se pode finalmente ler: Informação turística/Tourist information.

E eu pergunto: 
Quem descobre isto à primeira? 
E volto a perguntar: 
Por que não, além de “Algarve”, o termo “Turismo” em destacada forma que aponte o caminho?
É que esta, mesmo em português, é a palavra-chave. Desde um inglês, passando por um espanhol, até a um chinês, o seu aparecimento abre de imediato a mente do visitante e leva-o ao seu destino e à informação que procura.
Não percebo por que razão a Câmara ainda não percebeu esta necessidade de informar de imediato quem nos visita.
Que não se use, agora, o álibi da falta de verba ou da lei do compromisso. O letreiro já devia lá estar desde o início.
Reconhecer e corrigir o que está mal, é correcto. A teimosia não. Até porque, emendar a mão, é sinal de inteligência.
É assim que eu acho...

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