Por Lopes
Sabino
Nunca me canso
repetir-me, quando vejo que a incúria, o desleixo, ou a falta de atenção pelo
pormenor o justificam.
Neste local, em Maio,
alertei para a falta de informação turística, relativamente ao antigo Posto, na
Calçada da Galeria, que tinha uma anotação na porta, em tamanho reduzido e em pouca
evidência, que enviava o interessado para a Praça da República.
Ali se situa o novo
átrio onde o visitante pode recolher toda a informação e partir para a
descoberta de Tavira, enquanto objectivo turístico de múltipla oferta.
Mas, tanto para os
que já foram ao antigo posto e dali recambiados para o novo, como para aqueles
que, de nariz no ar, espreitam a designação “Turismo/Tourism/Tourisme” que não encontram, a tarefa
é complicada.
Porque não encontram
à primeira, nem à segunda e, quando não querem perguntar, nem à terceira, e seguem outro caminho, desistindo da informação.
Ainda ontem, um casal
de espanhóis, circulando à minha frente e vindo da Rua José Pires Padinha
perguntava entre si onde seria o turismo e encaminhou-se para as escadinhas da
Porta de Dom Manuel.
Mais uma vez, mesmo
não sendo minha obrigação, atalhei o sujeito antes dele se emaranhar num
percurso errado, e apontei-lhe o local certo que ele já ultrapassara.
Despediu-se com um sorriso e um “Obrigado” com pronúncia castelhana.
Mas só quem olhar com
muita atenção para a frontaria do novo Posto (de localização correcta, mas
sinalização deficiente) repara no que lá está inscrito:
Algarve, em letras garrafais. O símbolo i em tamanho reduzido.
E
é em letras muito limitadas no tamanho, na sombra da sacada da janela do piso
superior, que se pode finalmente ler: Informação
turística/Tourist information.
E
eu pergunto:
Quem descobre isto à primeira?
E volto a perguntar:
Por que não, além de “Algarve”, o termo “Turismo” em destacada forma que aponte o caminho?
Quem descobre isto à primeira?
E volto a perguntar:
Por que não, além de “Algarve”, o termo “Turismo” em destacada forma que aponte o caminho?
É
que esta, mesmo em português, é a palavra-chave. Desde um inglês, passando por
um espanhol, até a um chinês, o seu aparecimento abre de imediato a mente do
visitante e leva-o ao seu destino e à informação que procura.
Não
percebo por que razão a Câmara ainda não percebeu esta necessidade de informar
de imediato quem nos visita.
Que
não se use, agora, o álibi da falta de verba ou da lei do compromisso. O
letreiro já devia lá estar desde o início.
Reconhecer
e corrigir o que está mal, é correcto. A teimosia não. Até porque, emendar a
mão, é sinal de inteligência.
É
assim que eu acho...
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