Há
muito que se previa um estado de “guerra” entre o Ginásio Clube de Tavira e a
Câmara Municipal local.
O
desprezo pelo compromisso assumido há alguns anos por parte da Câmara presidida
por Macário Correia, de um protocolo em que o Clube tavirense cedeu o seu campo
de jogos para utilização dos outros clubes do concelho, a troco da promessa de
obras no referido recinto e respectiva conservação, tem vindo a acentuar-se
pela indiferença e falta de sensibilidade, por parte da actual Câmara socialista no cumprimento das suas obrigações
documentais.
Entretanto
a Câmara de Tavira que quer a todo o custo “rasgar” o protocolo que a Edilidade
assumiu e que teimosamente não deseja cumprir, como o deve fazer uma entidade
de “Bem”, deixou de apoiar o Ginásio de Tavira, nas suas escolas de fomento
desportivo, ao contrário de alguns outros clubes, com praticantes
profissionais, que no presente ano receberam já avultados subsídios.
Perante
esta situação o Ginásio de Tavira tem vindo a fazer algumas exposições à
Câmara, a qual, incompreensivelmente, não dá qualquer resposta, ignorando pura
e simplesmente as cartas dos ginasistas.
A
situação tem-se agravado nos últimos dias, pois o Clube teve de recorrer a
avultadas verbas que não dispunha, para inscrever na Associação a centena e
meia de jovens que fazem parte das classes de: Iniciados, juvenis, infantis,
Benjamins, Traquinas e Petizes, em prática totalmente gratuita, cujo prazo de
inscrição terminou há dias.
Sobre
este assunto a Câmara disse “nada”, como se aquela centena de jovens fosse
“massa” forasteira.
Com
o aproximar das eleições parece que outros movimentos querem debruçar-se sobre
este e outros assuntos, e, ao que consta, Bloco de Esquerda e Partido Social
Democrata, já pediram reuniões com a Direcção do Ginásio Clube de Tavira.
Nomeadamente
o PSD já agendou a sua reunião para sexta-feira, dia 9 de Agosto, na sede do
Clube tavirense, onde, naturalmente, se deverá abordar o grave problema do
comissório “Protocolo” da Câmara Municipal de Tavira, e que os socialistas
desejam ver “rasgado”.
Um
conflito para durar ou uma simples guerra de competências?
Aleixo Lopes
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