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terça-feira, 12 de junho de 2012

A NOVA MODA EM TAVIRA…….

por: Luís Costa Silva
Fantástica a capacidade de aproveitamento dos espaços da rede viária urbana. Tavira estará na vanguarda desta inovação que é a de colocar estrados, para esplanadas, fora dos passeios, já na via pública.
Será que esta gente nem tem a elementar ideia de pensar um pouco? Estará tudo louco? Vejamos.
Face á profusão de esplanadas colocadas, ao desbarato, em estrados na via pública, do Jardim da Alagoa até ao Largo Doutor Parreira, passando pela Rua da Asseca e a Rua de Borda d’Àgua, entre muitas outras, como irá a autarquia gerir a situação, se todas as casas com porta aberta para a rua vierem a querer montar um estrado na via pública? Autoriza todas? Só algumas? Quais? Dos amigos? Dos correlegionários políticos? Em que grande embrulhada esta autarquia se meteu.
Já agora, a largura das referidas esplanadas, em plataforma, é de meia faixa de rodagem? De toda a faixa de rodagem? E as condições de segurança? São respeitadas a legislação Nacional aplicável, e a da Segurança Rodoviária? Poderão ter floreiras a delimitar a área utilizada, ou se calhar colocar guarda ventos para protecção dos utentes, talvez ficasse bem uma estrutura em alumínio para colocar um toldo? Não?
Quem será que teve esta peregrina ideia, e o nosso Presidente da Câmara deixou-se ir na situação?
Ou será que a ideia foi a de conseguir assim encobrir os buracos e o mau estado de conservação das nossas vias públicas no centro da cidade? Assim, deixam de se ver os buracos e fica tudo satisfeito.
Não fica tudo satisfeito porque foram abertas excepções na ocupação da via pública, que agora já não podem ser travadas. Todo o cidadão tem agora o direito de solicitar a colocação de esplanadas ou o que for na via pública e a câmara não tem como recusar, a não ser que queira correr o risco de ser posta em tribunal e de perder a acção, como é evidente, já que não se antevê qualquer critério técnico ou legal para mais esta loucura.
A quem nós entregámos a nossa terra? A pessoas educadas, cordatas, mas sem qualquer sentido do interesse público, da responsabilidade e do elementar bom senso de não abrir excepções que possam servir para pôr em causa, no limite a própria segurança dos cidadãos.
Viva esta classe política, que a liberdade nos trouxe, e que nós regularmente elegemos.            

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